SINOPSE DA OBRA
A autora oferece em A casa do pai um romance profundo e bem construído, ambientado no País Basco, que convida a reflexões necessárias.

Por meio de capítulos curtos e prosa fluida, alternam-se vozes narrativas focalizadas em três personagens: Ismael, escritor em plena crise criativa diante da produção de seu novo e aguardado romance; Jasone, a esposa, leitora crítica e revisora dos livros dele, que vive uma intensa e silenciosa revolução pessoal após as filhas se tornarem adultas; e Libe, irmã mais velha de Ismael, amiga de infância de Jasone e referência da vida inteira para ambos. O que os une, para além das memórias compartilhadas da juventude, é o desejo de desconstruir
padrões de gênero, de investigar a matéria sobre a qual essas construções se erigem, de resgatar na casa paterna, na figura rude e agora fragilizada do pai envelhecido, o ponto de mutação que os levou a traumas, bloqueios e desencontros. Sobretudo para Ismael, esse exame do passado e das minúcias do comportamento de seu pai será decisivo para seu processo de escrita.

Jaio consegue abordar temas delicados, como masculinidade tóxica, mesclando tensão e ironia, sem maniqueísmos ou simplificações, e revelar como a dinâmica da opressão de gênero não depende apenas de agressões físicas para se impor, mas se infiltra com sutileza em todas as relações.

Nas palavras da autora: “Em A casa do pai tentei mostrar o sótão das personagens, seus sonhos escondidos e, sobretudo, suas palavras não ditas. Essas palavras-chave, que só aparecem quando baixa a maré, quando as pedras escondidas sob a água se tornam visíveis”.

Em 2020, A casa do pai recebeu o Prêmio Euskadi de Literatura, o maior da literatura basca.

ELOGIOS
“O silêncio é sinônimo de beleza quando expressa calma, mas neste romance representa a decisão — mais ou menos forçada pelas circunstâncias — de não trazer à luz o que é angustiante. Como quem cobre os ouvidos para se recusar a ouvir o que incomoda e aperta as pálpebras para negar o que está à sua frente. [...] Embora os silêncios do homem sejam
descritos mil vezes na literatura, o difícil é se destacar entre aqueles que insistem nisso com mais ou menos sucesso. Karmele Jaio me encantou com suas palavras. É um trabalho para saborear.” — Info Libre

“Destacam-se a ousadia formal deste romance psicológico e a capacidade de Jaio de expressar as emoções e as contradições dos seres humanos. [...] Como escrever sobre algo se você não o vive? Como escrever sobre desequilíbrios e injustiças de gênero se você não escreve com coragem? Quem deve contar essas histórias? A casa do pai é a resposta a essas perguntas.” — Júri do Prêmio Euskadi de Literatura 2020

SOBRE A AUTORA
Karmele Jaio Eiguren (Vitoria-Gasteiz, 1970) é autora de três livros de contos, três romances e um volume de poesia. Amaren eskuak [As mãos de minha mãe], seu primeiro romance de 2006, ganhou inúmeros prêmios, tornou-se um dos livros mais lidos da literatura basca e, em 2018, foi adaptado para o cinema e apresentado no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián; a tradução para o inglês recebeu o English Pen Award. As histórias de Karmele também foram levadas ao teatro e selecionadas para, entre outras, as antologias Best European Fiction 2017 (Dalkey Archive Press) e The Penguin Book of Spanish Short Stories (Penguin Classics).

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Título: A casa do pai
Autora: Karmele Jaio
Tradução: Fabiane Secches
Editora: Instante
ISBN: 978-65-87342-21-4
E-ISBN: 978-65-87342-20-7
Formato: 13,5 cm x 20,5 cm
Número de páginas: 176
Edição: 1a
Ano de lançamento: 2021

A casa do pai é uma publicação da Editora Instante.

A casa do pai

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SINOPSE DA OBRA
A autora oferece em A casa do pai um romance profundo e bem construído, ambientado no País Basco, que convida a reflexões necessárias.

Por meio de capítulos curtos e prosa fluida, alternam-se vozes narrativas focalizadas em três personagens: Ismael, escritor em plena crise criativa diante da produção de seu novo e aguardado romance; Jasone, a esposa, leitora crítica e revisora dos livros dele, que vive uma intensa e silenciosa revolução pessoal após as filhas se tornarem adultas; e Libe, irmã mais velha de Ismael, amiga de infância de Jasone e referência da vida inteira para ambos. O que os une, para além das memórias compartilhadas da juventude, é o desejo de desconstruir
padrões de gênero, de investigar a matéria sobre a qual essas construções se erigem, de resgatar na casa paterna, na figura rude e agora fragilizada do pai envelhecido, o ponto de mutação que os levou a traumas, bloqueios e desencontros. Sobretudo para Ismael, esse exame do passado e das minúcias do comportamento de seu pai será decisivo para seu processo de escrita.

Jaio consegue abordar temas delicados, como masculinidade tóxica, mesclando tensão e ironia, sem maniqueísmos ou simplificações, e revelar como a dinâmica da opressão de gênero não depende apenas de agressões físicas para se impor, mas se infiltra com sutileza em todas as relações.

Nas palavras da autora: “Em A casa do pai tentei mostrar o sótão das personagens, seus sonhos escondidos e, sobretudo, suas palavras não ditas. Essas palavras-chave, que só aparecem quando baixa a maré, quando as pedras escondidas sob a água se tornam visíveis”.

Em 2020, A casa do pai recebeu o Prêmio Euskadi de Literatura, o maior da literatura basca.

ELOGIOS
“O silêncio é sinônimo de beleza quando expressa calma, mas neste romance representa a decisão — mais ou menos forçada pelas circunstâncias — de não trazer à luz o que é angustiante. Como quem cobre os ouvidos para se recusar a ouvir o que incomoda e aperta as pálpebras para negar o que está à sua frente. [...] Embora os silêncios do homem sejam
descritos mil vezes na literatura, o difícil é se destacar entre aqueles que insistem nisso com mais ou menos sucesso. Karmele Jaio me encantou com suas palavras. É um trabalho para saborear.” — Info Libre

“Destacam-se a ousadia formal deste romance psicológico e a capacidade de Jaio de expressar as emoções e as contradições dos seres humanos. [...] Como escrever sobre algo se você não o vive? Como escrever sobre desequilíbrios e injustiças de gênero se você não escreve com coragem? Quem deve contar essas histórias? A casa do pai é a resposta a essas perguntas.” — Júri do Prêmio Euskadi de Literatura 2020

SOBRE A AUTORA
Karmele Jaio Eiguren (Vitoria-Gasteiz, 1970) é autora de três livros de contos, três romances e um volume de poesia. Amaren eskuak [As mãos de minha mãe], seu primeiro romance de 2006, ganhou inúmeros prêmios, tornou-se um dos livros mais lidos da literatura basca e, em 2018, foi adaptado para o cinema e apresentado no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián; a tradução para o inglês recebeu o English Pen Award. As histórias de Karmele também foram levadas ao teatro e selecionadas para, entre outras, as antologias Best European Fiction 2017 (Dalkey Archive Press) e The Penguin Book of Spanish Short Stories (Penguin Classics).

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Título: A casa do pai
Autora: Karmele Jaio
Tradução: Fabiane Secches
Editora: Instante
ISBN: 978-65-87342-21-4
E-ISBN: 978-65-87342-20-7
Formato: 13,5 cm x 20,5 cm
Número de páginas: 176
Edição: 1a
Ano de lançamento: 2021

A casa do pai é uma publicação da Editora Instante.